quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

JANTAR DE FINAL DE ANO NA PAZ GÉIA




PAZ GÉIA INSTITUTO DE PESQUISAS XAMÂNICAS

ODOYÁ - JANTAR DO MAR
08 de dezembro de 2006 –20h00

Honrando Yemanjá – a "Grande Mãe do Mar", sua abundância, suas dádivas com as quais acolhe todos seus filhos, a Paz Géia convida para o tradicional Jantar de Encerramento do Ano, celebrando as Mil Possibilidades que a vida ofereceu em 2006.

CARDÁPIO DO JANTAR

ENTRADA
Pães variados, sardela e mousse de gorgonzola

JANTAR
Salada japonesa
Salada verde
Vatapá
Arroz branco

SOBREMESA
Manjar branco
Frutas
BEBIDAS
Vinho branco
Refrigerante
Água

ATRAÇÕES ESPECIAIS

DINHO NASCIMENTO – É cantor, compositor e percussionista, baiano radicado em São Paulo, capoeira na essência, tem matriz estética afro-descendente e inspira-se em diversos ritmos e manifestações populares como o maracatu, samba-de-roda, afoxé, tambor-de-crioula, capoeira, chula, salsa, reggae, blues e jazz.

CECILIA PANIPUCCI - nascida em Buenos Aires, veio para São Paulo em 1974. Autodidata nas artes plásticas, seu trabalho é fruto do transitar pela vida, de vivências generosas e do estudo da cultura negra e popular, principalmente dos Orixás, utilizando a pintura como manifestação do imaterial, com a essência e o significado levando à forma, à dimensão visível por meio da arte.

ADESÃO - R$ 30,00

R. Prof. João Brito, 120 – Itaim Bibi - Tel. (11) 3846-5211
www.pazgeia.org.br     pazgeia@pazgeia.org.br








segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Iansã, o raio que ilumina as trevas do ego!

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Iansã, o raio que ilumina as trevas do ego!

Por Fernando Sepe
fesepe@yahoo.com.br


Vós surgiu, minha Mãe,
Como uma tempestade.
E nos seus olhos eu vi,
A bela face da verdade.

Rainha de encantadores Jacutás,
Senhora de todos os Congás.
Chuva que acaricia o Ser,
Ventania que traz o poder.

Ouço vossa voz melodiosa,
E de minha alma mil canções florescem.
Entre as brumas, percebo-te esplendorosa,
Dançando entre estrelas que descem.

És a beleza da tormenta,
E o brilho do anoitecer.
És o raio que acalenta,
E o fulgor do amanhecer.

És o som do trovão,
E a Justiça de Xangô.
És o amor em turbilhão,
E o canto de Agô.

És a força da guerra,
Que conduz ao campo da paz.
És a semeadura da terra,
Com os ventos que a semente traz.

És o caminho reto,
Que a todos vigia.
Vitória, contigo é certo,
És a estrela que guia.

Sopro de luz e axé,
Rainha de todo Orixá.
Flecha veloz na mata de Odé,
Menina dos olhos de Oxalá...

És o ritmo do barravento,
Que ensina a dançar na guerra.
És a fúria dos elementos,
Que dissipam toda treva.

És a chama da coragem,
Início, busca e determinação.
És o começo da grande viagem,
Pelos longos caminhos da evolução.

És a faísca que brilha no bambuzal,
E o corisco que açoita o ego.
És o sangue, a força vital,
E a direção que conduz o cego.

És a espada que degola o vício,
Guerreando ao lado de Ogum.
És a linda canção que desabrocha,
Dos lábios de papai Olorum.

És luta, suor e trabalho,
Que enobrece o coração.
És honra, força e amparo,
No jardim da compaixão...

Por ti, Oh! Mãe, o raio estoura,
E do alto até o embaixo,
A voz de Xangô ecoa...

Luz que a Vida ampara,
Em uma de suas faces vejo,
O semblante de Santa Bárbara...

Vento que afasta os males,
O seu uivo reverenciamos,
Nas pedreiras e nos vales...

Ventarola que sopra no mar,
É por ti que as ondas quebram,
No reino de Iemanjá...

Almas santas, venham todas me valer!
Toco o solo e te saúdo,
Rainha do Balê...

Infinito é seu esplendor,
E nem mesmo com mil versos,
Cantaríamos todo seu valor...

Mãe Divina, em ti vejo o amor,
E em seu cálice apanho,
A mais tenra flor...

Eparrei Iansã, Eparrei bela Oyá!
Nos guie, hoje e sempre,
Pelas voltas que o mundo dá...


Fernando Sepe – 24 de novembro de 2006, inspirado pelo sopro de luz dessa Mãe...